24/03/2010

SOBRE ESTAR SOZINHO

Não é apenas o avanço
tecnológico que marcou
o início deste milênio.
As relações afetivas também estão
passando por profundas transformações
e revolucionando o conceito de amor.


O que se busca hoje é uma relação compatível
com os tempos modernos,
na qual exista individualidade,
respeito, alegria e prazer de estar junto,
e não mais uma relação de dependência,
em que um responsabiliza
o outro pelo seu bem-estar.

A idéia de uma pessoa ser o remédio
para nossa felicidade,
que nasceu com o romantismo
está fadada a desaparecer neste início de século.
O amor romântico parte da premissa
de que somos uma fração e precisamos
encontrar nossa outra metade
para nos sentirmos completos.

Muitas vezes ocorre até um processo de
despersonalização que, historicamente,
tem atingido mais a mulher;
ela abandona suas características,
para se amalgamar ao projeto masculino.

A teoria da ligação entre opostos
também vem dessa raiz:
o outro tem de fazer o que eu não sei.
Se sou manso, ele deve ser agressivo,
e assim por diante.
Uma idéia prática de sobrevivência,
e pouco romântica, por sinal.

A palavra de ordem
deste século é parceria.

Estamos trocando o amor de necessidade,
pelo amor de desejo.
Eu gosto e desejo a companhia,
mas não preciso, o que é muito diferente.

Com o avanço tecnológico,
que exige mais tempo individual,
as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas
, e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.
Elas estão começando a perceber
que se sentem fração, mas são inteiras.


O outro, com o qual se estabelece um elo,
também se sente uma fração.
Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma.
É apenas um companheiro de viagem.

O homem é um animal
que vai mudando o mundo,
e depois tem de ir se reciclando,
para se adaptar ao mundo que fabricou.
Estamos entrando na era da individualidade,
o que não tem nada a ver com egoísmo.

O egoísta não tem energia própria;
ele se alimenta da energia que vem do outro,
seja ela financeira ou moral.

A nova forma de amor, ou mais amor,
tem nova feição e significado.
Visa à aproximação de dois inteiros,
e não a união de duas metades.
E ela só é possível para aqueles que
conseguirem trabalhar sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo
for competente para viver sozinho,
mais preparado estará para
uma boa relação afetiva.

A solidão é boa, ficar sozinho
não é vergonhoso. Ao contrário,
dá dignidade à pessoa.

As boas relações afetivas são
ótimas, são muito parecidas com
o ficar sozinho, ninguém exige nada
de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões
exageradas são coisas do século passado.
Cada cérebro é único.
Nosso modo de pensar e agir
não serve de referência para avaliar ninguém.

Muitas vezes, pensamos que
o outro é nossa alma gêmea e,
na verdade, o que fizemos foi
inventá-lo ao nosso gosto.

Todas as pessoas deveriam ficar
sozinhas de vez em quando,
para estabelecer um diálogo interno
e descobrir sua força pessoal.

Na solidão, o indivíduo entende
que a harmonia e a paz
de espírito só podem ser encontradas
dentro dele mesmo, e não a partir do outro.

Ao perceber isso, ele se torna menos
crítico e mais compreensivo
quanto às diferenças, respeitando
a maneira de ser de cada um.

O amor de duas pessoas inteiras
é bem mais saudável.
Nesse tipo de ligação, há o aconchego,
o prazer da companhia e o
respeito pelo ser amado.

Nem sempre é suficiente ser
perdoado por alguém,
algumas vezes você tem de aprender
a perdoar a si mesmo...
Dr. Flávio Gikovate

14/03/2010

HOJE VOU MUDAR!...

Hoje eu vou mudar!
E para não ficar apenas nas promessas,
vou começar pelo mais fácil,
vou mudar o caminho,
vou andar por novas ruas,
ver novas caras, quem sabe,
começar uma nova amizade.

Pensando em pequenas mudanças,
vou abrir mão de pequenas coisas,
coisas que me incomodam
e que faço automaticamente,
aliás, vou prestar mais atenção nos meus atos,
vou ser um observador de mim mesmo.

Vou vigiar meus passos,
e tentar cortar aqueles que
me levam até a decepção.

Hoje eu vou mudar!
Promessa antiga, que me faço sempre
que quebro a cara,
mas hoje eu quero e preciso do novo,
ou quem sabe,
resgatar antigos hábitos saudáveis,
como ser feliz com o que tenho,
valorizar as pessoas que gostam
de mim como eu sou.

Valorizar a roupa que eu uso,
a comida que como, a família que eu tenho,
o amor que me acompanha,
o estudo que eu concluo,
a escola que eu freqüento,
o emprego que eu tenho...

São tantas coisas,
e tão pouco tempo para ver,
pouco tempo para o que é bom e estável,
muito tempo para o que ainda não tenho,
muito tempo para lamentações e dores.
Chega!

Hoje eu vou mudar, por isso,
começo o dia com uma prece sentida,
agradecendo pela oportunidade
de ter mais uma chance,
de poder desejar e fazer mudanças,
para fazer em mim,
o ser que eu gostaria de ser...


E ser livre para dizer que amo a vida,
dizer para cada pessoa que eu conheço
que elas são importantes para mim,
e abraçar cada um, como se fosse despedida,
sendo apenas mais um dia,
dia de ser feliz,

simples assim.




Paulo Roberto Gaefke

09/03/2010

PLENO AMOR!

PLENO AMOR

Procura-se
um amor procurado
e nunca achado,
aquele amor que convida a viver
e simplesmente amar,
um amor sincero... sem mentiras
e que jamais conjugue o verbo abandonar.

Procura-se
um amor santificado e batizado
por beijos e abraços,
simplesmente dados e doados
como afagos que não necessitam
ser cobrados.

Procura-se
um amor de apenas bem querença,
amor sem explicações, perdas e culpas,
simplesmente amando sem desculpas
fazendo da ausência uma presença
constante... ainda que possa estar distante.

Procura-se
um amor assim puro... sem nexo
de causas e efeitos,
simplesmente côncavo ou convexo,
apenas recheado por doces afetos
que podem se expressar com ou sem sexo.

Será que existe esse amor sereno
assim aberto, destemido, livre
e simplesmente achado
não exigindo ser buscado?

Chegaria de mansinho me dizendo:
estou aqui... eu te encontrei,
finda a procura pois dela não precisas,
sou teu... és minha,
e nós dois plenamente viveremos
este suave amor... este amor pleno!

(Gui Oliva)
Recebi do amado Moisés

06/03/2010

NÓS...MULHERES....


Não, não me cabe aqui revelar-nos.
Mesmo por que, às vezes nem nós nos entendemos.
Choramos facilmente, rimos com o coração.
Nem sempre quando dizemos "não" significa
que estamos dizendo "não." Muitas vezes,
quais crianças mimadas, só precisamos
que insistam um pouquinho...
Descobrimos que um sorriso pode produzir milagres...
e uma lágrima também!

Nada mais comovente que uma mulher que chora,
um sorriso pode desarmar qualquer homem...
Damos à luz sob uma dor terrível e nos
esquecemos imediatamente depois de
termos nosso anjinho nos braços.
Corajosas, frágeis e fortes, vamos à luta
sem capacete e sem espada.
Temos um coração ao lado do cérebro.
Não temos músculos, temos garra.

Quando nos oferecemos um presente,
não é porque temos a mania compulsiva de gastar,
mas porque queremos nos consolar
de alguma coisa que falta na nossa vida.
Somos nossos próprios anjos protetores.
Como mulheres, agimos como mães sempre,
para os outros e para nós mesmas.
Não buscamos igualdade!
Mesmo se nós pudermos exercer várias profissões,
há emoções que correm como turbilhões
dentro de nós que jamais poderão ser experimentadas
pelo sexo oposto, há a dor e o prazer
de oferecer a luz do dia a um anjo!...

Não... jamais haverá igualdade!
Cada um faz sua parte,
cada um tem a sua importância,
nem menor, nem maior,
mas todos somos importantes.

Senhores!!! Não estamos mais à espera de príncipes
encantados montados em cavalos brancos!
Há muito entendemos que esses só existem
nos contos de fadas.
O que queremos é simplesmente sermos amadas.
Nada mais, nada menos.
Não nos preocupamos com músculos e caras,
queremos simplesmente alguém que possa nos amar.
Parece complicado e, portanto,
é tão simples: só precisamos ser amadas!
O resto a gente inventa depois!

Dentro de nós habita uma fadinha romântica
que nem os desenganos, nem os casamentos
e nem os anos poderão matar.
Talvez seja essa uma das diferenças
básicas entre um homem e uma mulher:
o duende morre mais rápido,
morre depois da conquista...

Nós, mulheres, seremos sempre...
jovens, idosas, maduras, imaturas,
belas, feias, dengosas, charmosas,
mimadas, vaidosas ou não...
apaixonadas ou à espera..
mas sempre, sempre,
vai pulsar no nosso peito
esse coração de mulher.
Coração que ninguém entende...
mas que sabe muitas
vezes adivinhar a vida!
Letícia Thompson