22/01/2010

MEU BARCO

Meu Barco...
Chegou o meu barco arribado navegando pelas beiras
Vem por rotas desconhecidas em meio a penumbras.
Na proa, o mastro, o mais alto, uma enorme bandeira
Desfraldada tremeluzindo aos sóis o rosto da musa...
Na popa, outra bandeira içada carregando
desejosReflete o brilho nos confins do horizonte cortejado
Em que eu me entrego no oceano dos teus beijos
Sem alfândegas, sem fronteiras e sem cadeados!
Mas, pelo sim ou pelo não, dentre, o sol e o luar
Eu me atiro e me jogo, eu salto e pulo por inteiro
Nas tuas águas livres suspirando o azul do mar
Do teu oceano em que adentro em segredo...
E permaneço em ti nas milhas traspassadas.
Marinheiro do amor eu sonho luas da tua vinhaOnde,
bate o frescor das tuas brisas sopradas
No céu de fogo fazendo chamas em noite fria...
Bebendo do azul o meu barco aporta em teu portoT
odo perfumado de maresia, brisa e água salgada...
De dia ele tem o fulgor do sol se refletindo absorto,
De noite na abóboda ele tem luas dependuradas...
Suspensas na luz em derramas de caricias insidiosas
Sobre o leito dos dias, nuas, pelo beiral do teu mar
Numa aragem soprando chuvas de pétalas de rosas
Perfumando o horizonte,
os teus olhos estavam lá...
O Sibarita

2 comentários:

Sonia Schmorantz disse...

É um poema lindo! Amo passear no espaço dos amigos, em cada um, me surpreendo com as palavras lindas que leio...
beijo, otimo fim de semana

Pepe Luigi disse...

Esta minha longa ausência não impede, ainda que tardiamente, de desejar votos de muitas felicidades, venturas e muito amor para este ano de 2010.
Um beijinho do
Pepe