31/03/2012

PACIÊNCIA



Paciência -
Ah! Se vendessem paciência
 nas farmácias e supermercados…
Muita gente iria gastar boa parte do salário
nessa mercadoria tão rara hoje em dia.
Por muito pouco a
madame que parece
 uma “lady” solta palavrões
 e berros que lembram as antigas
 “trabalhadoras do cais”…
E o bem comportado executivo?

O “cavalheiro” se transforma numa “besta selvagem”
 no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar…
Os
filhos atrapalham, os idosos incomodam,
a voz da vizinha é um tormento,
o jeito do
chefe é demais para sua cabeça,
a
esposa virou uma chata,
o marido uma “mala sem alça”.
Aquela velha amiga uma “alça sem mala”,
o emprego uma tortura, a escola uma chatice.

O cinema se arrasta, o teatro nem pensar,
até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele
pela internet estava
demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila
 dos bancos e balancei a
cabeça, inconformado…
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso
e ela deletou sem sequer ler o título,
dizendo que era longo demais.

Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência,
sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética
dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que é
“ansioso demais” onde ele quer chegar?

Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago
de sua resposta.E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para quê?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio
 o mundo vai parar?

A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire… Acalme-se…
O mundo está apenas na sua primeira volta
e, com certeza,
no final do dia vai completar o seu giro
 ao redor do sol,
com ou sem a sua paciência…

Paulo Roberto Gaefke