Novos Tempos
Texto de: Fátima Irene Pinto
É tempo de agradecer as infinitas bênçãos recebidas
e perceber o milagre da renovação acontecendo
em nossas vidas, a cada ciclo que se fecha,
para outro que se abre simultaneamente.
É tempo de soltar todas as lembranças ruins,
de uma época pautada por ásperas lutas,
testes e provas, as quais superamos com êxito,
amparados tão somente na nossa fé,
constância e determinação.
É tempo de enaltecer os que chegaram
somando forças aos nossos ideais
e mesmo aqueles que chegaram para miná-los
ou comprometê-los,
pois estes foram também nossos mestres indiretos e,
sem que percebessem, cumpriram importante papel,
treinando a nossa humildade,
nossa capacidade de discernir, compreender,
silenciar e relevar.
É tempo de abrir os braços para o futuro
e vislumbrar uma longa avenida ensolarada,
como justa recompensa por todas as sementes
de legítimo amor que fomos lançando ao longo da jornada,
ainda que muitas vezes, em áridos torrões.
É tempo de reconhecer que o mundo lá fora não mudou,
mas que grandes e significativas mudanças ocorreram
dentro de nós mesmos,
deixando-nos mais habilitados e fortalecidos
para lidar com os pequenos ou grandes
revezes da vida.
De perdoarmos a nós mesmos e
pedirmos perdão a todos aqueles que ferimos por ignorância
ou pelos ditames do egoísmo e da imaturidade,
decorrentes da insignificância do nosso grau evolutivo.
É tempo de pedir perdão à Vida,
pelas vezes que não soubemos compreender
as suas Leis exatas e perfeitas.
É tempo de crer ainda mais profundamente no amor
–o verdadeiro amor–
aquele que redime, liberta,
que tudo oferece dadivosamente,
sem esperar qualquer benesse
ou imediata recompensa.
É tempo enfim, de dobrarmos os joelhos
em sincera oração,
num ato de total abandono e confiança no Deus
da nossa compreensão,
que conhece os nossos desígnios,
que sonda nossos corações,
guia nossos passos e por fim,
conduz a nossa embarcação ao seu verdadeiro
e definitivo destino.