Calo a minha voz
Que não é ouvida
-Embaralho as letras,
-Sem sentido-Um dia escritas,
E não lidas,
Rasgo as folhas, Das ilusões,
Rasgo as folhas, Das ilusões,
Esqueço os sonhos,
-São muito frágeis
-Esqueço a fantasia,
-Que nunca vesti-,
Mostro a minha cara,
Mostro a minha cara,
-Nunca usei máscaras-,
Desço do palco, -No qual nunca subi,
Entrego-me a realidade,Que se faz presente,
Entrego-me a realidade,Que se faz presente,
- E ri de mim-E acorda-me todos os dias,
Guardo minhas aquarelas,
Guardo minhas aquarelas,
Que coloriam minhas ilusões,
A mentira me fere,
Pois sou feita de verdades,
Nos meus olhos,
Trago o reflexo de minh'alma,
Trago o reflexo de minh'alma,
E no coração a minha história,
Nos lábios um sorriso,
Que oferto a quem passa,
Mas que se transforma em lágrimas,
Diante de um mundo frio,-Feito de vinganças
-Onde as pessoas indiferentes,
Passam e não me vêem,
Que toca uma musica,Que desconheço,
E que não sei dançar,
Sinto-me perdida,No meu próprio caminho,
-Labirinto que enlouquece
-Até decidir para onde ir,
Despeço-me,
-Para que ficar?
-Calo-me,
-Para que falar?-
'Viajo' para um mundo,Que é só meu,
'Viajo' para um mundo,Que é só meu,
Onde aprenderei,
A viver a vida,
Que o destino meu deu...
[Patricia Montenegro]